sexta-feira, 28 de março de 2014

Madeira arrisca perder 45 mil turistas franceses se operação da Windavia for cancelada

Presstur - A Região da Madeira está em risco de perder 45 mil turistas franceses, se o diferendo entre a Windavia e a White não for resolvido, disse ao Diário de Notícias da Madeira o director geral da GPS Tour, António Duarte, operador turístico português líder no mercado francês para a Madeira.
Segundo o responsável, a operação turística do mercado francês através da Windavia para a Madeira e para o Porto Santo “está comprometida” e se nada for feito nas próximas horas será “cancelada”, escreve o DN Madeira.
Em causa estão “alterações contratuais e falhas nos acordos assumidos pelas duas entidades com os operadores franceses, alega António Duarte”, escreve o jornal.
“A White terá exigido um acréscimo de 24 euros por passageiro e alteração da forma de pagamento contratualmente definida, pedindo antecipadamente depósitos bancários capazes de dar à companhia liquidez suficiente para garantir as operações. Opções que os operadores franceses recusaram, lamentando terem depositado confiança na avalista da operação que agora coloca novas regras incomportáveis e que atraiçoam o que estava acordado”, escreve ainda o jornal, que acrescenta que os operadores “lamentam que a White tenha desiludido, já que depois de viabilizar a operação com os direitos de tráfego que detém, ‘o que era uma garantia, coloque agora um problema imprevisto só porque acumulou 850 mil euros de prejuízo nos últimos meses’”, citando António Duarte.
A falta de clientes não é o problema, acrescenta o director geral da GPS Tour, que refere que face a um aumento da procura, o operador tinha contratado quatro voos semanais com partidas de Paris e Nantes desde final do ano passado, e recentemente acrescentou uma partida de Lyon, passando dos 380 para os 550 turistas semanais.
Ainda segundo o DN Madeira, os operadores franceses “não acreditam que haja solução possível com a Windavia e a White”, mas “garantem que tudo farão para encontrar alternativas no mercado. António Duarte lamenta a incerteza e as complicações para os operadores franceses e os destinos envolvidos na operação”.
O DN Madeira contactou a Windavia, que referiu que iria enviar um comunicado explicativo, o que até às 19h00 de ontem não tinha acontecido.
Operadores turísticos que têm operações contratadas com a Windavia para o Verão, que já estão a ser comercializadas, estão apreensivos, escreve ainda o jornal, referindo também que a Windavia “tem prometido assegurar a histórica operação Funchal-Jersey-Funchal, após acordo firmado com o operador Estrela Travel”, cujo início está previsto para 1 de Abril e assinou também um acordo de representação com o GSA APG, para uma ligação semanal regular entre o Funchal e Dublin, com início a 12 de Abril.
Em Fevereiro passado, o INAC, autoridade aeronáutica portuguesa, emitiu um “esclarecimento sobre empresa Windavia” no qual diz que “não é um operador de transporte aéreo, uma vez que não é titular de nenhum dos títulos legais que a habilitaria a tal condição, e que a existirem, teriam sido emitidos por este Instituto”. (clique para ler: INAC “põe os pontos iis” em relação à Windavia.“Não é um operador de transporte aéreo”, diz).
A Windavia estreou-se em Dezembro de 2013, na altura promovida pela imprensa portuguesa, como a empresa com o “voo comercial mais curto da história em Portugal continental”, quando realizou uma ligação de 20 minutos entre Lisboa e o aeroporto de Beja.
A Windavia trabalhava em Fevereiro com dois aviões Airbus A320. No seu site apresenta-se no mercado como “operador de voos charters”. Os voos são realizados utilizando o certificado de operador aéreo (COA) da companhia aérea portuguesa White Airways.

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