segunda-feira, 1 de agosto de 2016

IAG LUCRA MAIS 222 MILHÕES COM O COMBUSTÍVEL A CUSTAR MENOS 596 MILHÕES




O IAG, grupo que integra a British Airways, a Iberia, a Vueling e a Aer Lingus, declarou hoje um lucro do primeiro semestre superior ao do ano passado em 222 milhões (+66,9%), para o qual contou decisivamente ter gasto menos 596 milhões (-19,7%) em combustível.


O seu balanço evidencia, de facto, que do lado da receita não teria essa subida do lucro, já que para um crescimento do tráfego de passageiros em RPK (passageiros x quilómetros voados) em 13,3% (sem descontar o efeito integração da Aer Lingus apenas a 18 de Agosto de 2015), a sua receita de passagens subiu apenas 4,3%, para 9.539 milhões.

Essa evolução reflecte uma quebra da receita unitária (por lugar voado um quilómetro ou por ASK) em 7,2%, que se fica a dever por inteiro à quebra do yield (preço médio pago pelos passageiros por quilómetro voado ou preço por RPK) em 8%, a qual, aliás, até foi ligeiramente atenuada pela melhoria da taxa média de ocupação dos voos em 0,7 pontos, para 80%.

E o que os dados do grupo mostram é que no segundo trimestre se verificou um agravamento da tendência de queda do yield, que atingiu 10,4%, levando a um decréscimo da receita unitária em 10,2% apesar de uma melhoria da taxa de ocupação média dos voos em 0,2 pontos, para 80,9%.

Assim, embora tendo um crescimento do tráfego em RPK em 12,9% e tendo feito um aumento de capacidade (em ASK = lugares x quilómetros voados) em 12,7%, as receitas de passagens do grupo apenas subiram 1,2%, para 5.074 milhões de euros, e as receitas totais apenas aumentaram 0,9%, para 5.708 milhões, com -12% em proveitos de carga, para 241 milhões, e +6,5% em outros proveitos, para 393 milhões.

O lucro operacional do trimestre subiu no entanto 17,2% ou 91 milhões de euros, para 621 milhões (+4,7% antes de excepcionais), porque apesar do aumento da operação os custos operacionais baixaram 0,8% ou 91 milhões, principalmente pela queda do preço do combustível, que reduziu a factura em 23,4% ou 385 milhões.

O lucro líquido do segundo trimestre, por sua vez, subiu 25,7% ou 92 milhões de euros, para 450 milhões, mas nem por isso o IAG avançou com perspectivas optimistas para o resto do ano, tanto mais quanto a sua avaliação da primeira metade do ano é que ‘pagou’ pelos ataques terroristas na Europa e o referendo no Reino Unido à permanência na União Europeia, bem como pelas disrupções provocadas por geres do controlo de tráfego aéreo e flutuações cambiais que, de acordo com o seu CEO, Willie Walsh, penalizaram o seu desempenho no segundo trimestre em 148 milhões de euros, principalmente pela desvalorização da libra que se verificou após o Brexit (vitória da saída da União Europeia)

E, como avisa no balanço, qualquer deterioração num mercado doméstico ou na economia global “pode ter impacto material” nas suas finanças, além de que considera que “o risco da incerteza económica no Reino Unido pode estender-se para o longo prazo”.

Daí que ao apresentar as suas perspectivas para o resto do ano o grupo anuncie a intenção de “intensificar o seu há muito estabelecido controlo de custos e disciplina da capacidade”, acrescentando, sem especificar, que reduziu o aumento de capacidade planeado para a segunda metade deste ano e está a rever os planos para 2017.



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