segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Ethiopian Moçambique Airlines Está A Voar Com Dois Bombardier Q400 NG


A nova companhia aérea africana Ethiopian Moçambique Airlines (EMA), com Certificado Aéreo de Moçambique, iniciou os voos domésticos regulares em Moçambique, no passado sábado, dia 1 de dezembro, ao abrigo da estratégia delineada pelo grupo Ethiopian Airlines de penetrar em outros mercados africanos, conforme afirmou Tewolde Gebremariam, presidente executivo da companhia.

No voo inaugural, que partiu de Nacala para Maputo, ainda na fase de apresentação da nova companhia, Tewolde Gebremariam confirmou que a Ethiopian Moçambique Airlines irá ligar oito destinos domésticos na antiga colónia portuguesa do Índico: Maputo, Nampula, Tete, Pemba, Beira, Nacala, Quelimane e Chimoio.

“O início da actividade, que surge ao abrigo de uma parceria com a Ethiopian Airlines, vai promover as ligações aéreas em Moçambique, aumentando dessa forma a quota das companhias aéreas africanas no mercado do continente”, disse Gebremariam.

Em Setembro de 2017, a Ethiopian Airlines e a Malawi Airlines foram as duas companhias estrangeiras selecionadas para explorar rotas domésticas de transporte aéreo nos termos do concurso público lançado pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) em Abril. Outras cinco, com sede em território moçambicano, foram também autorizadas a fazerem voos domésticos. Desde o ano passado que a Solenta Aviation Mozambique (subsidiária moçambicana da Solenta Aviation Holdings) faz voos domésticos no eixo Maputo-Beira-Nampula-Pemba, com aviões da FastJet.

Com a chegada da Ethiopian Moçambique Airlines, uma joint-venture entre a Ethiopian Airlines (99%) e a Malawian Airlines (1%), estão no mercado dos voos domésticos em Moçambique três companhias. A Ethiopian e a Solenta juntam-se à LAM – Linhas Aéreas de Moçambique que, juntamente com a sua subsidiária MEX (esta utilizado em voos de menor distância e para aeroportos de menor tráfego) detinham até final de 2017 o monopólio das ligações aéreas internas.

A Ethiopian Moçambique Airlines está a voar com dois aviões Bombardier Q400 Next Generation, com capacidade para 70 passageiros. Toda a atividade comercial da empresa é liderada pela Ethiopian, o que estava previsto, esperando-se que nas próximas semanas possa ser assumido por uma nova estrutura criada com pessoal moçambicano.

A EMA inicialmente esteve para fazer base no Aeroporto de Nacala. Contudo, os investidores etíopes mudaram de opinião e a base e toda a estrutura de apoio ficou centralizada em Maputo. Segundo a imprensa moçambicana, em causa estariam eventuais benefícios fiscais que não puderam ser alcançados dada a forma como a empresa está a ser montada. Assim, Maputo foi a solução encontrada.

A chegada de novas companhias a Moçambique, nomeadamente para disputar o mercado de voos internos não tem sido uma questão pacífica. Embora os utentes do transporte aéreo considerem que esta concorrência irá dinamizar o mercado e baixar preços – a EMA propõe-se voar com tarifas que custarão metade das praticadas pela LAM -, o funcionários da companhia de bandeira nacional, que tem um capital de 80% do Estado e 20% dos próprios trabalhadores, tem se manifestado contra e, alguns analistas económicos consideram tratar-se de uma situação inédita em África, onde companhias estrangeiras estão a disputar o denominado tráfego de cabotagem.

LAM está a reorganizar-se e vai disputar o mercado

A abertura dos céus moçambicanos surgiu por ordem do Presidente da República de Moçambique, no Verão do ano passado, quando visitou as instalações da LAM e confirmou o clima de anarquia que se verificava na companhia, com uma dívida muito grande e com os meios operacionais reduzidos devido a diversos constrangimentos atribuídos à falta de organização empresarial e de competência da tutela. Atualmente com a nomeação de uma nova direção e com a consequente reorganização interna a companhia parece estar a encontrar o caminho do equilíbrio financeiro, tendo a companhia melhorado de forma substancial todo o desempenho operacional e de pontualidade dos seus voos. João Carlos Pó Jorge, o novo diretor-geral, já disse que a companhia segue no bom caminho e que vai disputar as suas rotas com eventuais concorrentes.

Como lidar com três companhias aéreas – e eventualmente mais – nas linhas internas moçambicanas, é uma resposta que deverá ser dada, nos próximos meses, pelos utentes do transporte aéreo no País.



Na semana passada, a comissão sindical da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique anunciou pretender impedir a companhia aérea Ethiopian Airlines de efetuar voos domésticos em Moçambique através de uma subsidiária. Uma contestação que aprece chegar tarde, dado que toda a tramitação de documentos foi validada pelas autoridades aeronáuticas. Contudo, mostra algum desespero e alerta para a ameaça que esta abertura pode ser demasiada para o negócio existente. O país tem dimensão e população para mais voos, mas todos sabemos que é mínima a percentagem de viajantes por via aérea. No ano passado os 13 aeroportos e outros aeródromos de Moçambique receberam um total de cerca de um milhão e 800 mil passageiros, menos 12,6% que em 2016. Muito pouco para um país que tem quase 30 milhões de habitantes e uma atividade económica crescente em diversos sectores industriais.
Newsavia

AIR CANADA: LISBOA-MONTREAL TERÁ CINCO VOOS SEMANAIS NO PRÓXIMO ANO



Os voos sazonais da Air Canada para Portugal terminaram no passado mês de outubro mas a companhia aérea prepara-se para voltar ao nosso país e com mais frequências: a rota Lisboa-Montreal será operada cinco vezes por semana.

Maximiliano Campos, country manager da Air Canada para Portugal e Espanha, faz um balanço positivo da operação da transportadora em solo português: “Estamos muito felizes com o voo de Lisboa para Montreal e do Porto para Toronto, então esses voos vão voltar no próximo ano para a temporada de verão.” A taxa de ocupação, este ano, registou-se acima dos 80%.

“Estamos a trabalhar com as autoridades aeroportuárias de Lisboa para obter slots para Lisboa-Montreal mas vamos repetir o voo”, explicou o responsável à imprensa, durante a festa de natal da companhia aérea que teve lugar ontem, em Lisboa. “Vamos continuar a desenvolver a marca Air Canada no mercado português”, garante.

As rotas entre o Canadá e Portugal regressam em junho de 2019 e vão manter-se, de novo, até finais de outubro. Porto-Toronto mantém-se com uma frequência de três voos por semana mas Lisboa-Montreal – – anteriormente com outros três voos – passará a contar, à partida, com cinco voos semanais. Já o voo entre Lisboa e Toronto foi “estendido” até ao início de janeiro e, depois, regressa a 1 de abril.

A mensagem que a transportadora quer transmitir é “não pensar apenas em nós como Air Canada para levá-lo ao Canadá mas, além disso, olhar para as conexões que temos na América Latina e Caraíbas”. Além de Portugal, a Air Canada pretende investir dos EUA e nas Caraíbas.

PrivatAir Abre Insolvência – Serviços Administrativos Estavam Baseados Em Lisboa



A PrivatAir SA, uma empresa suíça de aluguer de aviões de passageiros com configurações de Classe Executiva para companhias aéreas, anunciou na noite desta quarta-feira, dia 5 de dezembro, que vai iniciar imediatamente um processo de falência, que decorrerá sob a alçada dos tribunais suíços.

A companhia tem um ativo de 226 empregados espalhados pelas duas companhias aéreas que também possui e que prestam serviços de transporte executivo – A PrivatAir SA, na Suíça, e a PrivatAir GmbH, na Alemanha – e no departamento administrativo que, desde 2015, estava baseado na cidade de Lisboa, em Portugal. Desconhecem-se quantos trabalhadores portugueses poderão ser afetados pela bancarrota da PrivatAir. Desde há algumas semanas que se referia, na capital portuguesa, em sectores ligados à aviação que estes serviços estariam em processo de encerramento e que a empresa teria chegado a acordo com os funcionários nacionais quanto à rescisão dos seus contratos de trabalho.

O grupo tinha ainda contrato com 65 tripulantes (pilotos e assistentes de bordo) que estavam baseados no Médio Oriente e que faziam voos naquela zona geográfica, assegurando, nomeadamente, a ‘ponte aérea’ de transporte executivo no eixo Jedah-Riade, na Arábia Saudita, ao serviço das companhias nacionais Saudia Airlines e Saudia Aviation, com três aviões Airbus A319.

A PrivatAir, fundada na Suíça em 1977, gozava de grande prestígio no negócio da aviação, nomeadamente em nichos de mercado de transporte executivo e corporativo. Alugava aviões com configurações de Classe Executiva a companhias aéreas de grande dimensão, nomeadamente à Lufthansa, à SAS e à British Airways, que faziam voos diretos intercontinentais. Uma nota de imprensa distribuída nesta quarta-feira, releva o grande contributo dado pelas suas empresas ao sector da aviação comercial e aponta de uma forma generalizada que foram múltiplos os factores que afectaram o negócio do grupo nos últimos tempos e ameaçaram o seu futuro, não restando aos seus responsáveis outro caminho.

O grupo aéreo suíço chegou a ser comandado nos últimos anos pelo português António Gomes de Menezes. Foi nomeado em 2015 presidente executivo (CEO) do grupo PrivatAir, funções que exerceu entre o dia 6 de abril desse ano e o final do ano seguinte. Em 2017 foi nomeado membro não executivo do Conselho de Administração do Grupo TAP SGPS.

Natural dos Açores, onde é professor universitário de Economia, António Gomes de Menezes foi presidente do grupo aéreo português com sede nos Açores de Novembro de 2007 a Maio de 2014, tendo assumido no mês seguinte funções de administrador na companhia aérea portuguesa Euro Atlantic Airways (EAA), de onde saiu em fevereiro de 2015.
Notícia atualizada às 09h40 UTC de 06.DEZ.2018

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