A PrivatAir SA, uma empresa suíça de aluguer de aviões de passageiros com configurações de Classe Executiva para companhias aéreas, anunciou na noite desta quarta-feira, dia 5 de dezembro, que vai iniciar imediatamente um processo de falência, que decorrerá sob a alçada dos tribunais suíços.
A companhia tem um ativo de 226 empregados espalhados pelas duas companhias aéreas que também possui e que prestam serviços de transporte executivo – A PrivatAir SA, na Suíça, e a PrivatAir GmbH, na Alemanha – e no departamento administrativo que, desde 2015, estava baseado na cidade de Lisboa, em Portugal. Desconhecem-se quantos trabalhadores portugueses poderão ser afetados pela bancarrota da PrivatAir. Desde há algumas semanas que se referia, na capital portuguesa, em sectores ligados à aviação que estes serviços estariam em processo de encerramento e que a empresa teria chegado a acordo com os funcionários nacionais quanto à rescisão dos seus contratos de trabalho.
O grupo tinha ainda contrato com 65 tripulantes (pilotos e assistentes de bordo) que estavam baseados no Médio Oriente e que faziam voos naquela zona geográfica, assegurando, nomeadamente, a ‘ponte aérea’ de transporte executivo no eixo Jedah-Riade, na Arábia Saudita, ao serviço das companhias nacionais Saudia Airlines e Saudia Aviation, com três aviões Airbus A319.
A PrivatAir, fundada na Suíça em 1977, gozava de grande prestígio no negócio da aviação, nomeadamente em nichos de mercado de transporte executivo e corporativo. Alugava aviões com configurações de Classe Executiva a companhias aéreas de grande dimensão, nomeadamente à Lufthansa, à SAS e à British Airways, que faziam voos diretos intercontinentais. Uma nota de imprensa distribuída nesta quarta-feira, releva o grande contributo dado pelas suas empresas ao sector da aviação comercial e aponta de uma forma generalizada que foram múltiplos os factores que afectaram o negócio do grupo nos últimos tempos e ameaçaram o seu futuro, não restando aos seus responsáveis outro caminho.
O grupo aéreo suíço chegou a ser comandado nos últimos anos pelo português António Gomes de Menezes. Foi nomeado em 2015 presidente executivo (CEO) do grupo PrivatAir, funções que exerceu entre o dia 6 de abril desse ano e o final do ano seguinte. Em 2017 foi nomeado membro não executivo do Conselho de Administração do Grupo TAP SGPS.
Natural dos Açores, onde é professor universitário de Economia, António Gomes de Menezes foi presidente do grupo aéreo português com sede nos Açores de Novembro de 2007 a Maio de 2014, tendo assumido no mês seguinte funções de administrador na companhia aérea portuguesa Euro Atlantic Airways (EAA), de onde saiu em fevereiro de 2015.
Notícia atualizada às 09h40 UTC de 06.DEZ.2018
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