terça-feira, 16 de julho de 2019

LAM E Hi Fly Negoceiam Retorno Da Companhia Moçambicana À Europa



O Grupo Mirpuri, dono das companhias aéreas Hi Fly Portugal e Hi Fly Malta, está a negociar com o Governo da República de Moçambique e com a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique o aluguer, em regime ACMI, de um avião de longo curso para a retoma da linha Maputo-Lisboa-Maputo, por parte da companhia aérea de bandeira moçambicana, soube o ‘Newsavia’ junto de fontes ligadas ao processo em Maputo.

A notícia surge no dia em que o jornal ‘Notícias’ que se publica na capital moçambicana divulgou declarações do ministro dos Transportes de Moçambique, Carlos Mesquita, em que revela que o governo do País “está a negociar com uma companhia aérea portuguesa um acordo que vai permitir o regresso da LAM ao espaço europeu a partir do primeiro trimestre de 2020”.

O reatamento dos voos da LAM para a Europa surge depois de a União Europeia ter levantado a proibição de voos imposta às transportadoras moçambicanas no espaço europeu e do próprio Presidente da República ter anunciado que os voos da LAM para Portugal serão retomados em 2020
“Estamos a apostar na formação de tripulações para podermos poupar recursos de modo a investirmos em novas aeronaves adequadas ao tráfego que se pretende a nível nacional, regional e internacional“, acrescentou o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, nas declarações publicadas, a propósito, pelo maior jornal do País.

O Grupo Mirpuri, que detém o maior grupo de aluguer de aeronaves comerciais em Portugal e na Europa, para voos de longo curso, é propriedade de uma família originária da antiga província de Moçambique, território ultramarino português que se tornou independente em junho de 1975.

Em Maio de 2004 a LAM deixou de voar para Lisboa, sendo obrigada a desfazer-se do único avião de longo curso que tinha na sua frota, um Boeing 767-200ER, matrícula C9-BAF, recebido novo em fevereiro de 2002, que foi vendido em junho de 2004 à Aeromexico. Era incomportável para a companhia moçambicana manter esse avião na sua frota, pois tinha uma dívida de cerca de 36 milhões de dólares à Boeing.

Sem avião para a rota, a LAM fez uma parceria com a companhia portuguesa Air Luxor, entretanto extinta, e que era propriedade do Grupo Mirpuri, que passou a fazer os voos entre Portugal e Moçambique. Os voos começaram em março de 2015 e terminaram em 16 de setembro desse ano.

A LAM, em nota de imprensa publicada em Maputo, no dia 11 de agosto de 2015, indicava que “os Conselhos de Administração das duas companhias aéreas decidiram suspender os voos em virtude do acentuado agravamento dos custos operacionais, em particular na componente do combustível”. Os voos eram semanais e feitos com aviões Airbus A330-200 da extinta Air Luxor.

Quem nunca abandonou os voos diretos entre Portugal e Moçambique foi a TAP que continua com três ligações semanais. Outras companhias aéreas internacionais promovem as viagens entre Lisboa e Maputo e vice-versa com uma escala intermédia. São os casos da Qatar Airways, da TAAG – Linhas Aéreas de Angola e da Turkish Airlines.

Newsavia

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