“Esta decisão permite-nos agendar as entregas e esperar por novas encomendas”, disse Alain Flourens, diretor do programa A380, em entrevista ao jornal francês Le Figaro, e citado pela Lusa, insistindo que o aparelho, o maior produzido pela companhia, tem futuro comercial apesar da situação adversa que enfrenta atualmente.
Flourens assinalou que o “A380 continua a ter lugar na carteira de produtos da Airbus”, até porque responde “perfeitamente” ao aumento do tráfego aéreo e à “saturação” dos aeroportos.
Em julho, o construtor europeu já tinha referido a possibilidade de redução do número relativo à produção do aparelho – com capacidade para transportar 500 passageiros – porque a carteira de vendas não aumentou nos últimos anos.
Para os próximos 20 anos, a empresa estima que a procura de aviões de grandes dimensões (mais de 400 lugares), como o A380 ou o 747 da Boeing, vai ser de 1.500 em todo o mundo.
Há previsões a indicar que o trânsito aéreo global duplica sempre que se cumprem ciclos de 15 anos, sendo que os mesmos estudos mostram que os grandes aeroportos vão ser obrigados a gerir problemas de saturação, apesar das melhorias introduzidas nos sistemas de descolagem e de aterragem e que permitem aumentar o número de operações por hora.
No total, o fabricante prevê entregar 124 unidades de aviões A319, que foram encomendados desde o início do programa, no ano 2000, incluindo doze aparelhos pedidos pelo Irão mas que só podem ser vendidos depois de formalizadas as licenças de exportação com Teerão.
Segundo Flourens, enquanto não se regista o aumento das vendas do A380, o fabricante vai trabalhar
no sentido de “melhorar a produtividade” através do aperfeiçoamento sobretudo na área da cabina. Por enquanto, está afastada a possibilidade do fabrico de uma nova versão do A380.
Ambitur
Ambitur
Photo:Alain Charpentier
Sem comentários:
Enviar um comentário