O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que não é propósito do Governo fechar a companhia de aviação de bandeira TACV, reafirmando que tudo está a ser feito para que continue a voar, noticiou a agência Lusa.
Na segunda-feira, questionado sobre se o governo tinha um plano para encerrar a empresa de Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) e se esta corria riscos de fechar, Ulisses Correia e Silva optou por não responder diretamente, dizendo apenas que o Governo estava a fazer tudo para salvar a companhia, mas não descartou a hipótese de encerramento.
Hoje, questionado sobre o mesmo assunto, o primeiro-ministro disse que “não são propósitos” do Governo encerrar a empresa. “Não admiti que a companhia ia ser encerrada ou liquidada. São conclusões que os jornais tiram das palavras que disse. Eu disse que vamos fazer tudo e estamos a fazer tudo para que a companhia continue a voar. É um pressuposto totalmente diferente”, disse Ulisses Correia e Silva.
O primeiro-ministro falava hoje na cidade da Praia no final da cimeira com o presidente do Governo das Canárias, Fernando Clavijo. Questionado novamente sobre se a empresa corre risco de fechar, voltou a não responder diretamente, adiantando apenas que “os riscos as pessoas calculam”.
“Do lado do Governo vamos fazer tudo para que a companhia continue a operar por isso é que estamos a reestruturar, a reduzir os custos operacionais, a reduzir pessoal para manter a companhia. As operações internacionais vão ser privatizadas e estamos à procura de um parceiro. Se a nossa opção fosse a liquidação não iríamos procurar um parceiro”, acrescentou.
Questionado sobre se ao não responder diretamente sobre os riscos de a empresa fechar, não está a admitir que o encerramento é uma possibilidade, Ulisses Correia e Silva rejeitou a ideia. “Não faço essa leitura, essa é uma leitura dos jornalistas. Quando digo que estamos a fazer tudo, é tudo mesmo, para que a companhia continue a voar e a funcionar”, disse, adiantando que tal será suficiente para manter a empresa.
A companhia aérea cabo-verdiana enfrenta problemas financeiros e de tesouraria e o Governo está a trabalhar num plano de reestruturação com vista à sua privatização. O plano deverá incluir cortes nas despesas de funcionamento da empresa e despedimento de trabalhadores, embora o executivo não tenha ainda avançado quantos.
Ambitur
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