A Azul Linhas Aéreas Brasileiras vai integrar neste ano na sua frota 21 aeronaves de nova geração, oito a mais que o plano original. Além de cumprirem os planos de expansão da frota da companhia, tendo em vista já a próxima década, irão fazer face também à saída de 15 aviões regionais Embraer E195, que estão a ser utilizados nas rotas domésticas no Brasil.
Um comunicado distribuído pela companhia aérea nesta quarta-feira, dia 6 de fevereiro, indica que a adição mais significativa ocorrerá na frota de Airbus A320neo. Até final de 2018, a Azul operava uma frota de 20 unidades e hoje já possui 24 aviões, dois deles recebidos há poucos dias de um lessor norte-americano e que já tinham voado ao serviço da Avianca Brasil (LINK notícia relacionada). A meta é chegar ao final do ano com 27 aeronaves A320neo em operação.
A Azul confirma que também receberá neste ano seis aparelhos E195-E2, a nova geração de aviões a jato regionais da fábrica brasileira Embraer. Estavam previstos apenas dois aviões, mas a Azul terá negociado mais algumas aeronaves que faziam parte de encomendas que foram canceladas ou adiadas no ano passado. A Azul é a empresa lançadora do E195-E2, que deverá entrar na rede comercial dentro de poucos meses (LINK notícia relacionada).
“As aeronaves A320neo contribuem para uma receita significativamente maior em todas as nossas unidades de negócio. Os assentos adicionais oferecem aos passageiros maior conectividade em nossa malha, maior opções de resgate de pontos para nossos clientes TudoAzul e mais espaço para acomodação de cargas da Azul Cargo Express. Além destes benefícios, o custo por assento do A320neo é 29% menor do que o de nossa geração atual de aeronaves. Também estamos igualmente entusiasmados com a chegada da próxima geração de aeronaves Embraer E2, que fornecem uma redução de 26% no custo por assento comparado às aeronaves atuais”, comenta John Rodgerson, presidente executivo da Azul, no comunicado divulgado pela empresa aérea.
Atraso na entrega dos A330-900neo condiciona programação
A Azul, tal como a TAP Air Portugal, está também a ser prejudicada com os atrasos nas entregas dos novos aviões de longo curso da fábrica europeia. Os A330-900neo entraram ao serviço da companhia portuguesa com um atraso de mais de um ano – primeiro voo comercial realizado em 15 de dezembro de 2018 – e só deverão chegar ao Brasil no final do primeiro semestre deste ano. A Azul já marcou e desmarcou a entrada dos novos aviões na sua programação por três vezes, e agora está muito cautelosa quanto ao anúncio do voo inaugural. Parece, com alguma razão, esperar a chegada do primeiro A330-900neo a Viracopos/Campinas então para programar a nova aeronave. Deveriam chegar quatro unidades neste ano, mas as últimas previsões apontam para apenas três. Irão substituir a médio prazo os A330-200 que hoje voam na Azul as rotas de longo curso para a Flórida (EUA) e para Lisboa (Portugal). Em junho próximo a Azul abrirá uma nova rota de Viracopos/Campinas, no Estado de São Paulo, para a cidade do Porto, no norte de Portugal (LINK notícia relacionada).
Haverá também uma redução da frota de ATR72-600, tipo de avião turbo-hélice, de menor capacidade, que é utilizado nos voos de menor intensidade de tráfego e para pistas menos qualificadas em cidades mais pequenas do interior do Brasil. Estavam previstos 36 para este ano e a frota ficará com menos três, somando 33. A frota total da Azul Linhas Aéreas Brasileiras para este ano está configurada para um total de 129 aviões, mais seis que no ano de 2018, mas menos dois do que a previsão inicial para 2019.
Newavia
Photo: FPP - Lisboa
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