A Skymark Airlines, que utilizava apenas aviões Boeing, anunciou em Dezembro que ia passar a usar 10 aviões Airbus A330-300 pela primeira vez na ligação Haneda-Fukuoka, a partir desta Primavera. Para promover os novos voos com os Airbus, a empresa revelou um uniforme original para as hospedeiras que tripularão as novas aeronaves. Mas a medida mereceu críticas da Federação Japonesa dos Tripulantes, que integra o sindicato da Federação Japonesa para os Funcionários da Aviação.
A federação aponta o dedo à possibilidade de as novas fardas incentivarem a "comportamentos desapropriados" durante o voo, colocando potencialmente em risco a segurança dos passageiros, que "deveria ser a primeira prioridade" da transportadora aérea.
A farda foi considerada desapropriada tendo em vista as tarefas esperadas das hospedeiras, que incluem inclinar-se para o chão ou esticar-se para cima para aceder aos compartimentos das bagagens de mão (o que deixaria à vista mais do que as hospedeiras querem mostrar).
"O artigo 73-3 do Civil Aeronautics Act estipula a probição de acções que impedem a segurança, o que inclui o assédio sexual", disse a Federação em comunicado. "O dever de um tripulante é prevenir estes incidentes antes de acontecerem, mas estamos preocupados que este design de farda possa incentivar a que sucedam tais eventos perturbadores."
"Além disso, [a Skymark] está a tratar as mulheres como objectos, já que está a publicitar que esta farda vai atrair clientes. Temos dúvidas acerca da moral da companhia", lê-se ainda.
Alguns críticos argumentam que as hospedeiras vão ter que passar a ter cuidado para verem se estão a ser fotografadas secretamente durante o serviço, o que poderá distraí-las de cumprirem as suas obrigações. No entanto, um porta-voz da Skymark, presidida por Shinichi Nishikubo, afastou a tese que a farda pode comprometer a segurança, e assegurou que a empresa não recebeu nenhuma queixa directamente da federação. Paralelamente, afirmou, a farda só será usada durante a campanha de promoção do novo voo, durante seis meses. No final desse período, as hospedeiras tornarão a vestir a farda regular.»
Via Diário Digital.
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