sábado, 1 de fevereiro de 2014

LAM encomenda três Boeing 737 Next Generation


Recebe o primeiro já em 2015
Presstur -  A LAM (Linhas Aéreas de Moçambique) já assinou o contrato de aquisição de três aviões Boeing 737 Next Generation, que vão começar a chegar à companhia, em Maputo, a partir do próximo ano, à cadência de um por ano.
A contratatação foi anunciada pela administradora-delegada (CEO) da companhia, Marlene Mendes Manave, numa saudação aos passageiros publicada na revista de bordo da companhia, a “Índico”.
A decisão foi tomada em meados de Novembro de 2013, escreve a administradora, especificando de seguida que “o plano de expansão da frota consiste na aquisição de três aeronaves novas do tipo Boeing 737 da nova geração, cuja entrega está prevista para 2015, 2016 e 2017, e cujo contrato foi já assinado com o fabricante”.
Marlene Manave refere-se ainda à integração de 15 novos pilotos, entre eles seis mulheres, no final de 2013, que foram formados em reconhecidas escolas da África do Sul e da Etiópia, e cuja formação se integra também no plano de expansão e crescimento da companhia.
A LAM volta assim a integrar na sua frota aviões novos Boeing. A DETA, companhia aérea de Moçambique do tempo colonial, fundada em 1936, foi a primeira transportadora aérea de África a receber aviões Boeing 737-200, em 1970. Os quatro aparelhos chegaram ao aeroporto da capital moçambicana, então denominada Lourenço Marques, via Lisboa, idos directamente da fábrica da Boeing. O primeiro a ser entregue teve duas inaugurações, uma em Lisboa e outra em Moçambique.
Mais tarde, em 1991, já depois da independência de Moçambique, a LAM, criada em 1980, que sucedeu à DETA e herdou todo o seu património, recebeu dois Boeing 737-300 novos directamente da fábrica nos EUA, que chegaram pintados já com as novas cores da empresa.
Devido à situação económica do País, no início da década de 90 os aviões novos foram devolvidos à empresa de leasing e, curiosamente, passaram para a frota da companhia portuguesa de voos não regulares Air Columbus, então em fase de expansão, mas que entrou em insolvência poucos meses depois.
Actualmente a LAM tem uma frota constituída por dois aviões Embraer 190 (94 passageiros) um Boeing 737-500 (116 passageiros), três Bombardier Q400 (74 passageiros) e um Embraer 145 (36 passageiros). Utiliza ainda aviões Embraer turbo-hélices da companhia associada MEX – Mozambique Express para aeroportos mais pequenos e de menor tráfego.
Por imposição da União Europeia e face a incumprimentos de normas internacionais e constrangimentos legislativos por parte da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Moçambique, as companhias aéreas moçambicanas estão impedidas de voar para a Europa, o que naturalmente também se aplica à LAM.
Em termos do continente africano a presidente da companhia moçambicana, Marlene Mavene, foi reeleita no final do ano passado para a presidência da Associação das Companhias Aéreas da África Austral (AASA), na Assembleia-Geral que se realizou na Cidade do Cabo (África do Sul), em Outubro.
A companhia, também no ano passado revalidou a certificação IOSA – IATA Operacional Safety Audit, que ocorrem de dois em anos, no âmbito das normas que obrigam as companhias que estão filiadas na IATA, sistema ao qual a LAM aderiu em 2007.
Em 2012, a União Africana, na sua Declaração de Abuja, adoptou a IOSA como a melhor medida de segurança para os estados membros.


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