O CEO do IAG, Willie Walsh, assegurou aos accionistas do grupo, reunidos em Madrid, que já estão asseguradas as condições comerciais e de entrega de 44 novos aviões de longo curso para a subsidiária espanhola Iberia, mas que só serão encomendas firmes quando a companhia estiver em posição de crescer com rentabilidade.
Walsh especificou que se referia a 32 Airbus A350, o modelo que também vai ser a base da frota de longo curso da TAP a partir de 2017, e 12 Boeing B787 Dreamliner.
A maior encomenda do grupo, porém, é para a low cost espanhola Vueling, a quem Walsh dispensou os maiores elogios, com um total 120 Airbus A320, 62 já com encomendas firmes e 62 em opção.
No total, disse o CEO do IAG, o grupo tem encomendados à Airbus 220 aviões da família A320, a que se somam mais 18 A350 para a British Airways, para a qual foram transformadas em encomendas firmes as opções de 18 B787.
Walsh, ao intervir na reunião geral de accionistas, ontem, em Madrid, destacou que o IAG teve “uma forte recuperação do seu desempenho financeiro” em 2013, com o lucro operacional a aumentar 800 milhões de euros, por aumento das receitas totais em 3,1% e uma redução dos custos em 1,3%.
Walsh comentou que esta evolução evidencia, “uma vez mais, que as companhias são mais fortes sendo parte de um grupo do que mantendo-se como companhias individuais” e anunciou aos accionistas um aumento da previsão de sinergias da constituição do grupo em 250 milhões de euros, para 650 milhões no próximo ano.
Relativamente às companhias que o integram, Walsh foi especialmente elogioso para a mais recente “fantástica aquisição”, a Vueling, sobre a qual disse que deu ao grupo “uma nova dimensão” e “uma nova cultura”.
“Sob a liderança de Alex Cruz, [a Vueling] atingiu uma coisa virtualmente única entre as companhias — aumentar capacidade e aumentar na mesma proporção a rentabilidade”.
Quanto à Iberia, Walsh também elogiou os progressos alcançados pela gestão de Luis Gallego, apontando para que este ano volte a dar lucro.
Ainda assim, acrescentou, a companhia precisa “gerar níveis sustentáveis de rentabilidade para que possamos ter confiança para investir em novos aviões, produtos e serviços”.
Sobre a British Airways, Walsh destacou que sob a liderança de Keith Williams, a companhia alcançou “fortes e constantes progressos” em 2013.
O CEO do IAG, que também se referiu à utilização de novos mecanismos de financiamento, citando o modelo Enhanced Equipment Trust Certificate, que disse ser usado pelas norte-americanas e que lhe permitiu obter 927 milhões de euros, destacou que a questão principal é que o grupo está focado em ser “disciplinado” e entende por disciplina que apenas acrescenta rotas ou aviões quando sabe que existe procura para eles.
“Só investimentos em novos produtos e serviços se tivermos um retorno deles superior ao custo do capital”, frisou Walsh, acrescentando que considera que essa foi “a chave do nosso sucesso em 2013” e é “de importância vital para gerar confiança futura no IAG”.
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